Todos os jogadores brasileiros no exterior: confira levantamento
O Brasil segue firme como um dos maiores exportadores de jogadores de futebol do mundo. De acordo com levantamento do site especializado Transfermarkt, jogadores brasileiros no exterior estão espalhados por mais de 80 países ao redor do planeta — com destaque para algumas nações onde a presença já se tornou tradição.
Conforme os registros do portal, os países que mais concentram atletas nascidos no Brasil são, em sua maioria, mercados da Europa e Ásia. Portugal, por exemplo, lidera com ampla folga: são 883 jogadores brasileiros atuando em suas divisões profissionais. A explicação, ora pois, é histórica e cultural: além da afinidade com o idioma, o país costuma servir como porta de entrada para brasileiros que buscam espaço no futebol europeu.
Em seguida, aparecem Alemanha (317), Itália (211), Estados Unidos (156) — talvez uma surpresa nesse Top 5 — e Japão (135). Malta, com 135 brasileiros, chama atenção por sua população reduzida e estrutura modesta, mas também figura entre os dez países com mais representantes nacionais no esporte. São 3808 jogadores do nosso país espalhados pelo globo.
Jogadores brasileiros no exterior: Top 10
- 1º. 🇵🇹 PORTUGAL: 883
- 2º. 🇩🇪 ALEMANHA: 317
- 3º. 🇮🇹 ITÁLIA: 211
- 4º. 🇺🇸 ESTADOS UNIDOS: 156
- 5º. 🇯🇵 JAPÃO: 135
- 6º. 🇲🇹 MALTA: 135
- 7º. 🇦🇪 EMIRADOS ÁRABES UNIDOS: 125
- 8º. 🇹🇭 TAILÂNDIA: 118
- 9º. 🇭🇷 CROÁCIA: 97
- 10.º 🇮🇩 INDONÉSIA: 91
Esses países superam, por exemplo, outras ligas consideradas as mais fortes do mundo, como a Inglaterra, em 18º lugar nesse ranking, onde há presença de 55 jogadores. Porém, a soma do valor de mercado de todos eles é a maior da lista: supera 1 bilhão de euros. A França, com 22, aparece na 40ª posição. Assim como a Holanda, tradicional centro que abrigou estrelas como Romário e Ronaldo, e hoje conta com apenas sete brazucas em 72º lugar.
Top-50:
Apesar de viverem em guerra desde 2022, Rússia e Ucrânia figuram entre os 50 países que mais têm atraído brasileiros. Também neste recorte, por exemplo, chama a atenção países com pouca tradição no futebol, como Eslováquia, Albânia, Finlândia, Vietnã, Hong Kong, Luxemburgo, Camboja e até mesmo o Iraque. A Espanha, por sua vez, perdeu seu posto no Top10 para países como Tailândia, Indonésia, Emirados Árabes Unidos e Croácia.
11°. Eslováquia: 90 | 31º. Bahrein: 32 |
12º. Suíça: 88 | 32º. Azerbaijão: 31 |
13º. Espanha: 87 | 33º. México: 31 |
14º. Coreia do Sul: 80 | 34º. Geórgia: 28 |
15º. Polônia: 74 | 35º. Lituânia: 26 |
16º. Arábia Saudita: 65 | 36º. Índia: 25 |
17º. Áustria: 62 | 37º. Uruguai: 25 |
18º. Inglaterra: 55 | 38º. Kosovo: 24 |
19º. Albânia: 54 | 39º. Romênia: 23 |
20º. Ucrânia: 54 | 40º. França: 22 |
21º. Bulgária: 49 | 41º. Malásia: 21 |
22º. Finlândia: 47 | 42º. Armênia: 21 |
23º. Vietnã: 45 | 43º. República Checa: 20 |
24º. China: 44 | 44º. Macau: 20 |
25º. Hong Kong: 42 | 45º. Catar: 19 |
26º. Chipre: 40 | 46º. Estônia: 19 |
27º. Bolívia: 37 | 47º. Grécia: 18 |
28º. Turquia: 34 | 48º. Camboja: 18 |
29º. Luxemburgo: 34 | 49º. Iraque: 16 |
30º. Rússia: 32 | 50º. Hungria: 16 |
Brasileiros “solitários” em 15 países
Ademais, além dos grandes centros e mercados alternativos em expansão, o levantamento também aponta um dado curioso: há países com apenas um único brasileiro inscrito profissionalmente. A saber, hoje, é o caso de África do Sul, Afeganistão, Aruba, Groenlândia, Guadalupe, Guiana, Guiana Francesa, Ilhas Virgens Britânicas, Macedônia do Norte, Martinica, Nigéria, Omã, Panamá, Sudão do Sul e Uganda. Curiosamente, a Colômbia também aparecia neste levantamento com somente um jogador brasileiro. No entanto, o experiente meia Bruno Sávio acertou com o Millonarios e agora faz companhia ao catarinense Neto Volpi, goleiro do Tolima – na América do Sul, inclusive, quem lidera é a Bolívia (vide tabela acima).
Para além deles, por exemplo, tem brasileiro, jogando bola profissionalmente em Bangladesh (6), Belize (4), Brunei (6), Ilhas Faroe (5), Laos (4), Papua Nova Guiné (2), Quirguistão (8), Suriname (6), Zanzibar (2)...
Assim, a presença massiva de jogadores brasileiros no exterior comprova a força da formação de atletas no país. Além disso, reflete a capacidade de adaptação e o apelo internacional do “jogo bonito”.
Do topo da Europa aos campeonatos mais remotos, sempre há um brasileiro com chuteiras calçadas — de estrela do elenco a pioneiro em territórios pouco explorados por jogadores de futebol.
*MATÉRIA EM CONSTANTE ATUALIZAÇÃO
Última atualização em 24/09/2025
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