Análise Vai Pro Gol: Brasileiros na fase de grupos da Copa Sul-Americana 2025
A Conmebol sorteou os grupos da Sul-Americana, na última segunda-feira (17), em sua sede, no Paraguai, e sete brasileiros disputam a Grande Conquista. O Vai Pro Gol fez uma análise de cada chave dos brasileiros; vem conferir!
VITÓRIA
No Grupo B da Sula, o Vitória precisará superar adversários com características distintas e se preparar para condições adversas, como a altitude equatoriana. O Defensa y Justicia, da Argentina, campeão em 2020, é o rival direto do Leão na briga pela classificação. Cabeça de chave, o Defensa vem de conquistas importantes e um certo protagonismo recente na Argentina. A Universidad Católica-ECU joga em um dos estádios mais altos do continente: 2.850 metros de altitude a seu favor. E o Cerro Largo? 10 jogos internacionais e nenhuma vitória (quatro empates e seis derrotas).
CORINTHIANS
Semifinalista em 2024, o Corinthians chega a Sul-Americana deste ano frustrado, mais uma vez, pela não classificação à fase de grupos da Libertadores. Porém, com um elenco estrelado e robusto, liderado por Depay, Garro, Yuri e cia., desponta como um dos favoritos a Grande Conquista. O Timão encontrará o meia Juan Quintero, carrasco da Liberta de 2024 pelo Racing, no tradicional (e perigoso) América de Cali. No Huracán, a Lei do Ex pode falar mais alto com Cantillo. Os uruguaios do Racing estiveram no caminho ano passado com vantagem alvinegra: 1 a 1, fora, e 3 a 0, na Neo Química Arena.
GRÊMIO
Ainda buscando o melhor futebol sob o comando de Gustavo Quinteros, o Grêmio chega à Sul-Americana como favorito à classificação direta ao mata-mata. Para buscar o inédito título, o Imortal conta com os gols de Braithwaite e ótimas peças em seu elenco, mas precisa de ajustes. O Tricolor não deve ter sustos na chave: Godoy Cruz vem de campanhas modestas na Argentina (e troca recente de treinador); Sportivo Luqueño tem Gustavo Morínigo (ex-Coritiba e Ceará) como técnico e resultados inconstantes no futebol paraguaio; Atlético Grau, da Colômbia, disputa um torneio internacional pela 2ª vez na história.
CRUZEIRO
O estrelado Cruzeiro, dos medalhões Gabigol, Dudu e Cássio, chega na Sula para mostrar que pode conquista-la, dado o investimento realizado. Santa Fé e Palestino surpreenderam brasileiros recentemente e merecem atenção, mas a tendência é a Raposa passar sem dificuldades. Mas olho aberto: quem não se lembra da vitória do Palestino pra cima do Flamengo na Libertadores do ano passado? Cuidado com os chilenos, principal rival do grupo! O cruzeirense também se recorda bem do Santa Fé: algoz do Galo na Sul-Americana de 2020. Já o Mushuc Runa, fundado em 2003, é o caçula do torneio e pinta como saco de pancadas da chave.
FLUMINENSE
Altitude. O Grupo F provavelmente é um dos mais complicados desta edição. O Fluminense vai a Bolívia e Colômbia jogar bem acima do nível do mar, fator sempre difícil de lidar para equipes brasileiras. Principais rivais: 3.735 metros de altitude de Oruro (casa do San José e segunda maior altitude da competição), e 2.160 de Manizales (Once Caldas). O “alívio” fora de casa vem do Chile, contra o Unión Española, no nível do mar. A equipe vem cambaleando neste início de Campeonato Chileno.
VASCO
O Vasco trata a Copa Sul-Americana como a prioridade do ano. A diretoria enxerga na competição a maior chance de título do clube na temporada, mas a equipe de Fábio Carille precisa evoluir. Quando o assunto é jogo grande este ano, o Cruzmaltino decepciona: só uma vitória e quatro derrotas em clássicos regionais. De volta a uma competição continental após 5 anos, o Vasco tem o Lanús como principal concorrente no grupo. Os argentinos vêm de boas partidas na liga local. Já o Melgar caiu na 2ª eliminatória da Libertadores e pode complicar no Peru. Puerto Cabello, de só 11 anos, não deve ir longe.
ATLÉTICO-MG
O Atlético-MG surge como favorito na competição de 2025. O Galolo tem apresentado um ótimo futebol sob o comando de Cuca, um dos mais vistosos e consistentes deste início de temporada no Brasil. Chega forte no torneio continental. O clube mineiro tem grupo relativamente fácil, a não ser pela altitude de mais de três mil metros de Cusco, no Peru, onde encara o Cienciano. O Galo enfrentou o Caracas na Libertadores de 2024 e aplicou duas goleadas: 4 a 1 na Venezuela e 4 a 0 em BH. O Deportes Iquique é o atual lanterna do chileno.
