Revelado pelo Vitória, Diego Washington tem 2,08m de altura (Foto: Divulgação/Atlético Suzuka)
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O goleiro mais alto do mundo que divide vestiário com uma lenda: a história de Diego Washington no Japão

No futebol, alguns encontros parecem feitos para virar história. No Atlético Suzuka, da quarta divisão japonesa, convivem dois personagens improváveis: Kazuyoshi Miura, o eterno Kazu, ídolo do Japão e o jogador mais velho do mundo em atividade, aos 58 anos; e o brasileiro Diego Washington, de apenas 26 anos, dono de um recorde curioso — é o goleiro mais alto do planeta, com impressionantes 2,08m.

Mas pra isso, Diego precisou se reinventar. O menino que chegou a se sentir deslocado na escola por causa da altura virou protagonista dentro de campo, enquanto encontra inspiração diária ao lado de um dos maiores símbolos do futebol japonês. O contraste é fascinante: juventude e sonho dividindo espaço com longevidade e história, unidos por uma mesma paixão.

A diferença de gerações, no entanto, não impede a troca. “Dividir vestiário com o Kazu é um prazer. O cara é o primeiro a chegar sempre, é o último a sair. Ele se cuida ao extremo. Eu tenho o privilégio de compartilhar momentos com ele, a gente tem uma amizade muito legal. Eu sempre fui um cara que me cuidei bastante. Mas quando você fica perto do Kazu, você vê que você não está fazendo nada, porque o cara mostra pra você o que que é trabalhar de verdade. Aprendi muitas coisas com ele”, conta.

Hoje, Diego Washington escreve um novo capítulo carregado de desafios e descobertas, em um país distante da sua terra natal, mas que já começa a se tornar casa. Em mais uma reportagem da série ‘Brasileiros pelo Mundo, conheça a trajetória de um goleiro que transformou sua altura em identidade, transformou a timidez em força, aprendeu com as próprias escolhas e agora vive o sonho de fazer carreira fora do Brasil.

Diego Washington: genética e destino

Diego Washington: goleiro mais alto do mundo carrega genética da família

A altura nunca foi surpresa em sua vida. Filho de um ex-goleiro amador de 1,95m e de uma mãe de 1,80m, Diego Washington cresceu em uma família onde os dois metros são, sobretudo, quase uma regra: “Minha família também é muito alta, meu pai tem 1,95m, minha mãe tem 1,80m, minhas irmãs, 1,75m,1,80m. É genética. Meu avô tem quase 2 metros, está na genética de família a explicação pra esse tamanho todo”, conta

A genética, no entanto, não facilitou o começo. “Na escola, eu era sempre mais alto e era muito mais que os meninos da minha idade, isso era um pouco desconfortável pra mim, sabe? Mas depois, comecei a achar normal, comecei me aceitar e comecei a treinar. Comecei fazer academia, então ali foi o momento que eu me aceitei”.

O incentivo para se tornar goleiro veio justamente do pai. Foi ele quem o orientou nos primeiros treinos e, prevendo que o garoto seria muito alto, o ajudou a fazer uma escolha difícil e assumir a posição desde cedo. Difícil porque Diego viveu um dilema na infância…

O dilema de Diego Washington: vôlei, futsal ou futebol?

Mas o caminho não foi linear. Ainda na infância, Diego brilhava em vários esportes: futsal, vôlei e futebol de campo. No salão, a altura já começava a atrapalhar — “minha cabeça batia na trave”, revela. No vôlei, o talento era tamanho que, inclusive, o treinador chegou a ir até sua casa tentar convencer a família a apostar no futuro nas quadras. Entretanto, o destino estaria no gramado.

Eu estava jogando futsal, jogando como goleiro no campo e também estava jogando vôlei. No futsal, descartei. E apesar de ser muito bom, o treinador de futsal foi muito coerente falou: ‘É, realmente pro futsal não dá. Tem que ir pro campo! Mas ele tem muita qualidade. Eu acho que você tem que investir‘. Enfim, pesou o vôlei e pesou o futebol de campo. Eu lembro que essa época foi muito difícil, porque eu também me destacava muito e era apaixonado pelo vôlei. E meio que ficou uma disputa. Só que também eu amava o futebol e meu pai também já foi goleiro, então foi uma situação muito delicada e difícil, mas, em conjunto, minha família e eu decidimos que ia dar seguimento no futebol de campo.

Base, ascensão e futebol japonês

Goleiro mais alto do mundo, Diego Washington se profissionalizou no Vitória

O primeiro teste foi no Bahia, aos 11 anos, onde permaneceu dois anos, graças à descoberta de Sergio Passarinho, profissional muito respeitado na base do futebol brasileiro (Passarinho, inclusive, trabalhou como observador técnico do Palmeiras). Depois, vestiu a camisa do rival Vitória, clube em que se profissionalizou com apenas 17 anos. O treinador era Vagner Mancini e o Leão tinha no elenco nomes como Cleiton Xavier, Fernando Miguel, Neílton e André Lima.

“Era era só craque. Foi um momento muito feliz da minha vida e da minha carreira. Pude compartilhar momentos com muitos jogadores grandes do futebol brasileiro“, relembra.

A partir dali, Diego Washington percorreu o Brasil: Hercílio Luz e Inter de Lages (SC), Maranhão, Sergipe, Araruama e Duque de Caxias (RJ), Inter de Bebedouro e XV de Jaú (SP). Em quase todos, deixou marcas: acessos conquistados, defesas decisivas e a defesa menos vazada em competições estaduais.

Foi, então, justamente no XV que a chance internacional surgiu. Observado por dirigentes japoneses, recebeu o convite para defender o Atlético Suzuka. Não hesitou: “Quando eu também soube que era o time do Kazu, então isso pesou. Nem pensei duas vezes”.

Inspiração em Kazu, o jogador mais velho em atividade

Apesar do tamanho incomum, Diego Washington fez da altura uma aliada. Trabalhou desde cedo para corrigir possíveis dificuldades — como bolas rasteiras — e hoje se orgulha da agilidade debaixo das traves:

“Só tenho a agradecer. Algo que em vez de atrapalhar, só foi benção e me ajudou, e eu soube tirar proveito da minha altura”.

No Japão, o goleiro mais alto do mundo encontrou não só estabilidade, mas também inspiração diária na convivência com Kazu. A lenda japonesa, que já passou por Santos, Palmeiras, Coritiba, XV de Jaú, Seleção do Japão e até pelo Campeonato Italiano, impressiona pela disciplina:

Muitos acham que não, mas fisicamente ele está muito bem. Muito, muito bem. Ele treina com a gente todos os dias. Não sai dos treinos, pelo contrário, ele treina mais que todo mundo. Eu tenho o privilégio de compartilhar momentos com ele, a gente tem uma amizade muito legal. A gente almoça junto, sai junto às vezes. Ele se cuida, sabe? Até na alimentação, no dia a dia, fazendo academia, fazendo pilates. Ele gosta sempre de chegar mais cedo, de fazer trabalho de core, de mobilidade. Ele foca muito nos mínimos detalhes.

Olhando para frente

Contente no Japão, o contrato com o Suzuka, porém, vai até dezembro. Depois disso, o arqueiro ainda não sabe se continua na Terra do Sol Nascente, volta ao Brasil ou busca um novo destino, apesar de revelar sondagens de clubes brasileiros. De acordo com ele, a escolha não é motivo de ansiedade.

Estou focado em terminar a temporada, fazer bons jogos, poder me destacar e, no final, ver o que Deus tem preparado pra minha vida, se Ele quer que eu continue no Japão, se eu retorno pro Brasil, ou vou pra outro país. Eu realmente não sei. Nesse quesito eu fico muito tranquilo, eu busco viver um dia de cada vez, focar em cada dia de treino, em cada dia de jogo. Eu quero desfrutar o máximo aqui do Japão, porque é um país maravilhoso, diz Diego Washington

Eu busco entregar nas mãos de Deus e trabalhar um dia de cada vez, sem ficar com muita ansiedade, muita preocupação sobre isso. Até porque tem muitos jogos aqui ainda e eu só busco estar entregando o meu melhor. Mas eu quero me dedicar ao máximo. Estou focado nesse objetivo. E aí eu sei que vai abrir mais portas pra minha vida, vai facilitar pra eu poder tomar essa decisão em dezembro junto com os clubes e ter essa direção“, completa. O Atlético Suzuka é o atual 13º colocado da J4 League, com 21 pontos em 22 jogos.

De tímido nas salas de aula a goleiro mais alto do mundo, Diego Washington transformou aquilo que o fazia se sentir deslocado em símbolo da sua identidade. Aos 26 anos, ele ainda escreve as páginas de uma carreira que promete ser tão longa quanto a sombra que projeta dentro do campo.

Confira na íntegra a entrevista de Diego Washington ao Vai Pro Gol:

Vai Pro Gol: Nos conte sobre a sua história. Você começou na base do Vitória, jogou em Santa Catarina, Sergipe, Maranhão, Rio de Janeiro e seu último clube aqui no Brasil foi o XV de Jaú antes de ir para o Japão. Fale sobre a sua trajetória e como foi a sua passagem por estes clubes?

Diego Washington: Na verdade, tudo começou em Brasília. Eu nasci em Minas Gerais, mas eu fui criado em Brasília, morei lá até os meus 11 anos de idade. E tudo começou muito por influência do meu pai, porque ele já foi goleiro também, mas não chegou a se profissionalizar. Ele jogou no amador e eu sempre ia assistir ele nos estádios onde ele jogava. Aí foi despertando dentro de mim esse interesse. Por ser goleiro, ele me influenciou desde novo. Porque eu sempre fui muito alto desde criança, então, ele sabia que eu ia crescer, ia ficar bem alto. E ele viu ali uma oportunidade de eu dar início na carreira como goleiro. E ele também me treinava. Eu sempre fui apaixonado pela profissão de goleiro.

Mas poucos sabem que teve uma época da minha vida que eu tive que decidir: eu estava jogando futsal, jogando como goleiro no campo e também estava jogando vôlei. No futsal, descartei porque eu já estava muito grande, minha cabeça já estava batendo na trave. E apesar de ser muito bom, o treinador de futsal foi muito coerente falou “é, realmente pro futsal não dá. Tem que ir pro campo! Mas ele tem muita qualidade. Eu acho que você tem que investir”. Enfim, pesaram o vôlei e o futebol de campo.

Eu lembro que essa época foi muito difícil, porque eu também me destacava muito e era apaixonado pelo vôlei. E meio que ficou uma disputa. Inclusive, o treinador de vôlei na época foi lá em casa e tentou argumentar com a minha família. Ele falou que eu tinha qualidade, era alto. Só que também eu amava o futebol e meu pai também já foi goleiro, então foi uma situação muito delicada e difícil. Mas em conjunto, minha família e eu decidimos que ia dar seguimento no futebol de campo.

  • Começo na base do Bahia, mas a profissionalização foi no rival Vitória:

E teve um belo dia que surgiu a oportunidade pra fazer um teste, que surgiu através de olheiros do Bahia. Muitas pessoas acham que eu já dei início no Vitória, mas não, eu iniciei no Bahia. Teve uma peneira e tinha olheiros de vários times de São Paulo, do Bahia e, inclusive tinha o Sérgio Passarinho, muito conhecido. Ele já foi observador técnico do Palmeiras. Ele gostou de mim! E ele me chamou pra dar início. Aí eu viajei e fiquei dois anos no Bahia.

E aí, quando eu saí do Bahia, eu fui pro Vitória. Eu tinha os meus 13, 14 anos, cheguei fazer o Sub-20 e me profissionalizei no Vitória. Me profissionalizei cedo no Vitória, com 17 anos. O treinador era o Vagner Mancini e o time estava na Série A. Tinha Neilton, o goleiro era Fernando Miguel, tinha o André Lima, Cleiton Xavier, enfim, o elenco era era só craque. Foi um momento muito feliz da minha vida e da minha carreira. Pude compartilhar momentos com muitos jogadores grandes do futebol brasileiro.

Eu saí do Vitória mais ou menos com uns 20 anos. Comecei a rodar por muitos times. Venci com o Hercílio Luz e graças a Deus a gente conseguiu um acesso. Cheguei a jogar também no Inter de Lages, depois fui pro Maranhão e para dois times em São Paulo. Joguei pelo Inter de Bebedouro, pelo XV de Jaú e também consegui um acesso. No Rio de Janeiro, consegui acesso também pelo Araruama e Duque de Caxias.

  • XV de Jaú e, finalmente, o futebol internacional: Japão

Então, comecei a me destacar no Brasil pela altura. Fui fazendo bons jogos, boas campanhas, fui sendo campeão em alguns times, acesso, defesa menos vazada…. Eu consegui um acesso pelo XV de Jaú e cheguei a disputar a Copa Paulista. E comecei a me destacar.

Até o momento que eu saí, a gente era a defesa menos vazada, estava fazendo uma campanha muito boa. Começaram muitos times a vir atrás. Se interessaram pelo tamanho, pelo pelos resultados, pelos números. E foi aí que surgiu a proposta de vir pro Japão, pro Atlético Suzuka, que é o clube que eu estou atualmente. Na hora eu nem pensei porque eu já tinha esse desejo desde novo de ter uma carreira fora do Brasil. E eu já ouvi muito falar do Japão e realmente é um país muito bom, dispensa comentários. Questão de cultura, de educação, de segurança, de respeito.

E quando eu também soube que era o time do Kazu, então isso pesou. Porque o Kazu jogou no XV de Jaú também. Pessoal sempre falou muito bem dele lá. No Japão, o Kazu é enorme! Ele é muito respeitado. Os estádios enchem pra ver ele jogar, não é à toa que apelido dele é King, né? King Kazu! Aqui no Japão, nosso time é muito visado, muito por conta dele, então eu nem pensei duas vezes e vim pro Japão.

Vai Pro Gol: Como foi pra você, desde pequeno, a questão da altura tão avantajada?

Diego Washington: Eu sempre fui muito alto, tanto é que quando eu tinha 11 anos, eu lembro que eu já quase 1,85m de altura. Inclusive, eu já era mais alto que minha mãe e chamava a atenção por onde andava. Sempre chamei atenção na escola e, por um certo lado, isso sempre foi bom, principalmente pro lado do esporte. Eu sempre tive um leque de opções e tomei a decisão de seguir como goleiro. Com essa altura, no começo eu era um pouco tímido. Na escola, eu era sempre muito mais que os meninos da minha idade, isso era um pouco desconfortável pra mim. Mas depois, comecei a achar normal, comecei me aceitar. Comecei fazer academia, então ali foi o momento que eu me aceitei.

Minha família também é muito alta, meu pai tem 1,95 m, minha mãe tem 1,80m, minhas irmãs, 1,75m,1,80m também. É genética. Meu avô tem quase 2 metros, tenho um tio de quase 2 metros, está na genética de família a explicação pra esse tamanho todo.

Vai Pro Gol: Você é o goleiro mais alto do mundo! Como é ostentar esse status no futebol?

Diego Washington: E no futebol, essa altura graças a Deus sempre me ajudou. Por conselho do meu pai, eu já sabia desde cedo que eu ia ficar muito alto, e ele sempre me trabalhou nesse aspecto. Sempre buscou me dar dicas, me orientar nesse sentido de bola rasteira, que era algo que possivelmente eu poderia ter uma dificuldade, mas graças a Deus hoje eu não tenho, pelo contrário, eu sou muito ágil em bola em bola embaixo. Em outros fatores ajuda também de forma natural, que é a saída de gol ou defesas em chutes que vão um pouco mais longe e eu consigo chegar com mais facilidade.

Então juntou altura, juntou também os conselhos do meu pai, dos times que eu fui… Tive uma base muito boa, que foi a base do Vitória, que é uma das melhores bases do Brasil… Juntou a altura, as pessoas que Deus colocou na minha vida, o auxílio do meu pai e hoje em dia eu só tenho a agradecer. Algo que em vez de atrapalhar, só foi benção e me ajudou, e eu soube tirar proveito da minha altura.

Vai Pro Gol: Seu contrato é até janeiro do ano que vem. Pensa em continuar no Japão ou mudar de país/liga?

Diego Washington: Eu cheguei aqui com 25 anos, é uma idade boa. Hoje eu estou com 26. Fiz um contrato de dois anos, cheguei aqui ano passado e meu contrato vai até dezembro desse ano. Graças a Deus, aqui é um país muito bom. Estou focado em poder jogar, fazer bons jogos, me destacar. Eu vim pra cá como empréstimo, na verdade, ainda tenho vínculo com até o final do ano com o XV de Jaú. Então preciso sentar, reunir, e decidir o meu melhor futuro, o que que vai ser melhor pra mim, melhor pro para Atlético Suzuka e pro XV de Jaú. Mas a gente vai sentar e vai decidir o que que vai ser melhor pra todo mundo.

Vai Pro Gol: No Japão, você joga com o Kazu, famoso por ser o mais velho jogador em atividade. Inclusive, ele fez carreira aqui no Brasil antes mesmo de você nascer. Como é dividir o dia a dia do vestiário com ele?

Diego Washington: Sobre o Kazu, ele virou referência. No Japão todo mundo conhece o Kazu, ele é muito grande por aqui. Dividir vestiário com ele é um prazer, o cara é o primeiro a chegar sempre, é o último a sair. Ele se cuida ao extremo, não é à toa que ele está com 58 anos atuando. Muitos acham que não, mas fisicamente ele está muito bem. Muito, muito bem. Ele treina com a gente todos os dias. Não sai dos treinos, pelo contrário, ele treina mais que todo mundo. Eu tenho o privilégio de compartilhar momentos com ele, a gente tem uma amizade muito legal. A gente almoça junto, sai junto às vezes. Ele se cuida, sabe? Até na alimentação, no dia a dia, fazendo academia, fazendo pilates. Ele gosta sempre de chegar mais cedo, de fazer trabalho de core, de mobilidade.

Ele foca muito nos mínimos detalhes. E pra você ter uma uma carreira com longevidade tão grande, você precisa desse cuidado. Eu aprendi muito com ele nesses quesitos. Eu sempre fui um cara que me cuidei bastante. Mas quando você fica perto do Kazu, você vê que você não está fazendo nada, porque o cara mostra pra você o que que é trabalhar de verdade, entendeu? Aprendi muitas coisas com ele. Além disso, também a liderança dele. Ele é muito experiente, já passou por muitos clubes, seleção do Japão, primeira divisão do Japão, primeira divisão da Itália.

No Brasil, jogou no Santos, jogou no Coritiba, então é um cara que tem muito a agregar. Só não aprende quem não quer, né? Como eu sou um cara muito observador, gosto de aprender. Gosto de escutar conselho de pessoas que tiveram resultado. Então, escuto muito, busco aprender vendo o que ele faz. Ele é um cara sensacional.

Vai Pro Gol: Você tem propostas para retornar ao Brasil? Ou tem recebido alguma proposta/sondagem, seja do Brasil ou de outro lugar?

Diego Washington: Tive algumas (sondagens) para voltar pro Brasil, mas como eu disse, eu tenho um contrato aqui, então eu estou focado em terminar a temporada, fazer bons jogos e poder me destacar. No final, ver o que Deus tem preparado pra minha vida, se Ele quer que eu continue no Japão, se eu retorno pro Brasil, ou vou pra outro país. Eu realmente não sei. Nesse quesito eu fico muito tranquilo, eu busco viver um dia de cada vez, focar em cada dia de treino, em cada dia de jogo. Eu quero desfrutar o máximo aqui do Japão, porque é um país maravilhoso.

Diego Washington atua pelo Atlético Suzuka, da quarta divisão do Japão

Se for pra continuar aqui, com certeza eu vou estar muito feliz e muito satisfeito. Enfim, eu tenho que sentar e conversar com todo mundo, porque eu tenho um contrato com no XV de Jaú. Tenho contrato aqui até dezembro, então a gente tem que ver o que que vai ser o melhor pro atleta, pros times, e tomar essa decisão.

Mas eu tenho sim um sonho de fazer uma história, uma carreira fora do Brasil. Acho que é o sonho de todo atleta, e o meu é esse. Eu busco entregar nas mãos de Deus e trabalhar um dia de cada vez, sem ficar com muita ansiedade, muita preocupação sobre isso. Até porque tem muitos jogos aqui ainda e eu só busco estar entregando o meu melhor. A gente tem um objetivo aqui no clube que é subir de divisão. A gente sabe que não é fácil. Mas eu quero me dedicar ao máximo. Estou focado nesse objetivo e com fé em Deus poder concluir. E aí eu sei que vai abrir mais portas pra minha vida, vai facilitar pra eu poder tomar essa decisão em dezembro junto com os clubes e ter essa direção.

Créditos:
Fotos: Acervo Pessoal, Divulgação/Atlético Suzuka, Divulgação/EC Vitória, Divulgação/Hercílio Luz, Divulgação/XV de Jaú
Vídeo: Acervo Pessoal


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