Na estreia de Carlo Ancelotti, Brasil não sai do zero no Equador
O planeta futebol parou nesta quinta-feira (5) para assistir a estreia de Carlo Ancelotti no comando da Seleção Brasileira. A trajetória do campeoníssimo treinador italiano com a Amarelinha começou em Guayaquil com chato 0 a 0, pela 15ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
Em onze estreias como treinador, Carleto foi superado somente em uma, há muito tempo. Já se vão quase 30 anos desde que o então técnico do Parma perdeu de 3 a 1 para o Pescara, pela Copa da Itália de 1996 e, para alegria do torcedor brasileiro, essa escrita particular continua. Só que sem triunfo.
No primeiro jogo sob sua batuta, o Brasil titular foi a campo com Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alex e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson; Estevão, Vini Jr. e Richarlison, mas não fez boa apresentação.
O resultado deixa a Seleção no quarto lugar, com 22 pontos. Na próxima terça (10), Ancelotti estreia diante da torcida, em São Paulo, na Neo Química Arena, contra o Paraguai, às 21h45.
Primeiro tempo: pouca produção na estreia de Ancelotti
Durantes os 45 minutos da primeira metade do jogo, bastante dificuldade para sair da marcação pressão equatoriana na saída de bola, com os donos da casa jogando mais tempo no campo de ataque, diante de um Brasil com pouco controle e posse, que em quase todo o tempo adotou por baixar bem suas linhas na fase defensiva.
Entretanto, aos 21, a primeira e única grande chance foi brasileira. Estêvão pressionou e roubou a bola na entrada da área. Ela sobrou para Gérson, que rolou para Vini Jr finalizar. Galíndez saiu bem para abafar e fechar o ângulo.
Logo, um jogo insosso e sem emoções na primeira metade. De um lado, faltou criação ao meio-campo canarinho. Do outro, muita vontade, mas pouca qualidade ofensiva para clarear e definir as jogadas. Em suma, essa soma de fatores resultou em um primeiro tempo bastante sem graça.
Nada muda no segundo tempo
Na etapa final, o jogo não melhorou. Em sua estreia, Carlo Ancelotti voltou do intervalo sem mudanças e a primeira oportunidade surgiu em jogada individual de Vini Jr, bastante procurado pelos companheiros ao longo da partida. Ele avançou pra cima da marcação e cruzou rasteiro para Richarlison. O centroavante, no entanto, furou. Em seguida, aos 18 minutos, mudanças no ataque: Pombo e Estêvão saíram, para as entradas de Matheus Cunha e Gabriel Martinelli.
O duelo seguiu na mesma toada. Brasil recuado e sem criatividade; Equador com posse, trocando bola, mas sem assustar Alisson. Aos 30, com Vini (sempre ele), a melhor jogada brasileira: jogada do Malvadão, corta luz de Gérson e finalização de Casemiro, que obrigou o arqueiro a buscar no canto. Mais tarde, Andrey Santos ganhou o lugar de Gérson. Nos acréscimos, Carleto acionou Andreas Pereira e sacou Bruno Guimarães, mesmo assim, não houve melhora nem brilho.
Ainda falta padrão ao time brasileiro. Porém, nada que recaia sobre o estreante Carlo Ancelotti, que terá mais tempo para observar e desenvolver seu trabalho ao longo dos próximos meses.
FICHA TÉCNICA:
EQUADOR 0 x 0 BRASIL
Eliminatórias para a Copa do Mundo 2026 – 15ª Rodada
Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, Guayaquil, Equador
EQUADOR: Galíndez; Ordóñez, Pacho e Hincapié; Alan Franco, Caicedo, Vite e Estupiñán; Yeboah (Kevin Rodríguez), Minda (Preciado) e Angulo (Medina).
Treinador: Sebastián Beccacece
BRASIL: Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alex e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães (Andreas Pereira) e Gerson (Andrey); Estevão (Gabriel Martinelli), Vini Jr. e Richarlison (Matheus Cunha).
Treinador: Carlo Ancelotti
Árbitro: Piero Maza (CHI)
Assistentes: Claudio Urrutia (CHI) e Alejandro Molina (CHI)
VAR: José Cabero (CHI)
